Você já experimentou a dor de perder alguém que já não fazia parte do seu cotidiano? Alguém que só povoava algumas de suas melhores lembranças? Alguém que se foi agora quando na verdade já tinha ido? Alguém que só pelo simples fato de existir deixava o seu dia melhor?
A dor é diferente. É inexplicável. Cria um vazio sem precedentes... parece que alarga aquele que já foi aberto em uma despedida anterior.
Hoje foi assim... perdi quem já havia perdido. Perdi quem já povoava minhas lembranças e só o via raramente. Muito raramente.
Era um raramente tão bom, tão reconfortante. Um raramente repleto de boas recordações.
Hoje chorei.
Hoje ele se foi.
Hoje, eu acredito, ele está com o Pai. Aquele que ele mesmo me ajudou a crer.
Hoje já não podia ouvir sua voz baixinha e pausada. Nem ele escutar a minha.
É... foi assim. O tempo passa... mas lhe prometo, meu amigo e conselheiro, manter minha mente jovem para sempre. Prometo sorrir. Prometo cantar. Prometo ser jovem, para sempre.
Uma medalha (a nossa, lembra? O nosso milagre...), um adeus e um sorriso.
Obrigada por tudo.
(Palavras dedicadas a Pe. Vilela).
