quinta-feira, março 08, 2007

SEM ENTENDER.

De manhã,
Um lindo bouquet. Sem cartão.

As rosas não falam.
E o perfume que exalam
Não roubam de ninguém.

Um almoço a dois
De escolhas individuais.
Um olhar pensativo
De que tanto duvidais?

Companhia ausente.
Incerteza corrente.
Dúvida freqüente
Quer que agüente?

O diferente não é igual.
O ano não foi passional.
Não há paixão?
Será ilusão?

O que dizer do amor?
Causará dor?
Melancolia?
Ou alegria?

Não o entendo.
E talvez não queria mais
Tentar entender.

O nó na garganta.
A lágrima presa.
Finaliza o diferente.